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quarta-feira, 19 de março de 2014

"Eu te amei desde o momento em que te vi! Eu te amei por séculos nestes poucos dias que passamos juntos na terra. Agora que a minha vida se conta por instantes, amo-te em cada momento por uma existência inteira. Amo-te ao mesmo tempo com todas as afeições que se pode ter neste mundo. Vou te amar enfim por toda a eternidade."
José de Alencar 

segunda-feira, 10 de março de 2014

Imagens e Textos - 10 Março 2014






O SONHO!


Esta noite eu tive um sonho diferente, sonhei que estava em um grande bosque e caminhava por uma pradaria verde sem fim, cada passo que eu dava encontrava uma árvore enorme com um retrato de uma pessoa que já havia passado pela minha vida...No início foi difícil lembrar de alguns rostos, eram pessoas que haviam participado da minha infância e que eu não tinha notícias há muitos anos.
Porém como num velho filme, as imagens iam passando diante de meus olhos conforme eu me aproximava de cada árvore. Fui percebendo que conforme eu avançava, as pessoas iam mudando de acordo com a minha idade, era uma “exposição do meu passado”, onde cada árvore representava uma etapa da minha vida. Confesso que foi delicioso recordar a emoção do meu primeiro amor naquela árvore onde havia a foto da minha primeira  namorada...Lembrei-me da inocência e da pureza daquele amor que eu tremi tanto para conquistar. Fui andando, quase empurrado por mão invisível, e percebi que já estava ficando adulto. As árvores já não eram tão verdes, o tempo já não era tão ensolarado...Mas, mesmo assim tive prazer em relembrar alguns bons momentos como as formaturas, os amigos do colégio, professores, a faculdade, o casamento...Na árvore da minha filha eu chorei de emoção, recordando a alegria do seu nascimeto...Mas na próxima fileira de árvores li a inscrição: “Aqueles que partiram”
E uma árvore atrás da outra trazia retratos dos meus entes queridos que faleceram deixando um buraco enorme em minha vida, um toque no mais profundo sentimento do meu ser, que me arrancou lágrimas emocinadas.
Logo depois, deparei-me com um lamaçal horroroso! Meus pés afundaram em lama fétida e barrenta...Alé só havia árvores secas e, para minha surpresa, retratos das pessoas que eu tinha ferido ou magoado por algum motivo...Retratos que eu não tinha coragem de encarar os olhos, alguns eram pessoas que haviam me ferido profundamente, pessoas que me enganaram, e no meu entendimento, haviam me traído...Nem raiva, nem ódio, nem nada, só vergonha eu sentia. Como repara essas árvores? Como fazê-las renascer? Como acabar com aquelas mágoas?
Para aqueles que eu julgava que me fizeram mal, eu poderia perdoá-los ali mesmo de todo o meu coração...Mas e aqueles que me queriam mal. A resposta estava logo abaixo de cada retrato: “Aqui está uma árvore seca na sua história!Para fazê-la renascer é preciso: O adubo do perdão, a vitamina do amor, a  energia da alegria, o sol da sinceridade, o húmus da misericórdia!Portanto, dobre os joelhos e ore pedindo ao Criador de tudo para trazer nova vida a essa árvore”.
Entendi então que, para florescer a árvore da vida, precisamos retirar os galhos podres da nossa visão mesquinha e fazer amigos por onde passarmos. Se alguém ficar magoado com nossas atitudes, ou nos magoarmos som quer que seja...O perdão é a única solução, e para aprender a perdoar, a oração é o caminho seguro que nos conduz a Jesus que pode nos conceder este dom!
Caminhe em paz este dia por entre “as árvores” da sua vida.

Tenha um bom dia!
EU, O MENINO E O CACHORRO

Eu só reclamava da vida... Reclamava da noite porque eu não dormia, reclamava do dia porque eu sofria, reclamava do frio que me gelava a alma, reclamava do calor que me atirava ao desânimo.
Para tudo e para todos eu tinha uma resposta, para       a minha derrota eu sempre tinha um culpado, para o      meu desamor sempre tinha um "alguém", para tudo uma reclamação. Eu era o próprio azedume.
Ai de quem me criticasse, que apontasse o erro que eu não enxergava. Para tudo tinha que haver um culpado, eu era a vítima do sistema, das pessoas, do mundo,     eu sempre fui traído, enganado, sofrido...

Carregava aquela cruz pesada de ódio, e eu só reclamava da vida, seja de noite, seja de dia.
Até que um dia, um menino, desses meninos de rua, me pediu uma ajuda, e eu já estava pronto para ofendê-lo,
quando ele pegou na minha mão e arrastou-me, se é que um menino tão pequeno teria essa força.
No canto da rua ele me mostrou um cachorro muito sujo, que estava com a pata como que quebrada e cheio de feridas. O menino puxou a minha mão e me fez chegar perto do cachorro. Ele olhava para mim e depois para o cachorro, e falou numa voz que eu não consigo esquecer: - Moço sara ele pra mim! É o meu melhor amigo.
Não sei porque e nem quero saber, mas eu não agüentei e chorei...Chorei como criança, como quem abre uma torneira, como se uma porta que estava fechada há muito tempo dentro de mim, se abrisse escancaradamente.       O menino não entendeu o meu choro e perguntou: - Ele vai morrer moço? É grave assim?
Despertei do meu choro e agarrei aquele cachorro com muito cuidado. Levei-o até a minha casa, poucos quarteirões dali. Tratei daquele cachorro como se fosse um filho e o menino, que vivia pelas ruas, foi ficando e cuidou de mim, curou minhas feridas, antes mesmo de eu curar as feridas do cachorro.
Hoje, não reclamo mais de nada, tudo para mim tem um sentido, tudo é perfeito, até o que dá errado.
Faz 16 anos que o menino de rua pegou na minha mão, mudou a minha vida, transformou esse ser.
Mostrou-me o caminho do amor, amor que restaura, cura, seca feridas, renova, traz esperança. E esperança é o nome do amor.
E esse menino, que hoje me chama de pai, destranca portas e janelas da minha alma todos os dias, quando segura na minha mão e me agradece por cada coisa tão pequena.
Os banhos, as roupas, a comida, a escola, a adoção, coisas que muita gente tem e não dá nenhum valor, ele me recompensa com carinho e dedicação
Hoje é a sua formatura, e eu nem sei o que dizer...Sou grato a Deus por ele entrar na minha vida, por quebrantar meu coração, e não largar mais a minha mão.
Hoje eu bendigo a vida. Valorize a sua vida, preencha-a com o amor.

(Paulo  Roberto Gaefke)
O PORTA-RETRATO

Um jovem, observando a mesa de sua querida avó, teve uma ideia. Resolveu dar-lhe um lindo e caro vaso para decorar a mesa, pois a decoração era bem antiga e sua avó merecia este presente. Às vezes o jovem se incomodava com  tantas fotos espalhadas pela casa.
Decidiu retirar todos os porta-retratos da mesa, colocou-os numa gaveta e colocou o belo vaso para fazer-lhe uma surpresa. Quando sua avó chegou em casa, ele ficou olhando de longe a reação dela.
A senhora olhou, admirou o belo vaso, tocou-o, mas uma lágrima correu dos seus olhos.
O jovem sem entender, perguntou-lhe:
“ E então vó, gostou do presente?  Sua mesa estava precisando de uma decoração nova, espero que goste, é um presente meu.” - Ela então respondeu:
Gostei sim, meu querido, mas onde estão meus porta-retratos?
“Estão guardados na gaveta, faz anos que a senhora os têm, é bom mudar de vez em quando, eram muito antigos, sem contar que este vaso custou uma fortuna.” – respondeu o rapaz.
Por um instante a senhora ficou pensativa e disse: “Entendo o seu gesto, mas onde está aquele sorriso que  vejo todos os dias na sua foto de criança?   E aquela felicidade estampada no seu rosto no dia da sua formatura?
E o dia do meu casamento então, quantos anos já se passaram, mas a foto me traz viva a lembrança deste dia inesquecível, principalmente porque seu avô já partiu.”
“Sabe, meu querido neto, tenho vivido todos esses anos acumulando emoções boas e ruins, mas as boas faço questão de guardá-las e resgatá-las a cada dia, olhando minhas fotos.
E sinto-me satisfeita porque tive histórias que estão registradas e são muito importantes para mim.
Observe uma casa que não têm porta-retratos, a decoração pode ser linda, mas é um lar sem memória, sem vida, sem emoções para recordar e partilhar com os outros...E cada momento é único, nunca mais se repetirá.”
Ela então, enxugando suas lágrimas disse:
“ Tudo bem, meu querido, o seu presente é muito bonito, então vamos fazer o seguinte – ajeitarei meus porta-retratos de modo a sobrar um espaço para colocar este belo vaso e ainda colocarei flores para embelezá-lo ainda mais,,desta forma honrarei o seu presente sem apagar minhas boas lembranças, e assim a mesa ficará completa, o que acha?”
O rapaz muito envergonhado disse:“Desculpe, mas acho que sua mesa ainda não está completa,  falta
uma foto – a nossa foto!
Isso mesmo, faço questão de providenciar  agora mesmo, quero que a senhora coloque-a na mesa  como  lembrança deste belo exemplo que me deu hoje. A pessoa que não valoriza os bons momentos vividos com pessoas amadas, não pode ser feliz no futuro. Vou agora mesmo comprar-lhe mais um presente...

O  nosso porta-retrato!
    NETOS

Netos são como heranças, você os ganha sem merecer, sem ter feito nada para isso.                        De repente, lhe caem do céu... O neto é, realmente, o sangue do seu sangue, filho do filho,
mais filho do que filho, mesmo... “Os netos são filhos com açúcar”
Cinqüenta anos, cinqüenta e cinco... Você sente, obscuramente, que o tempo passou mais depressa do que esperava. 

Não lhe incomoda envelhecer, é claro. A velhice tem suas alegrias, as suas compensações. Todos dizem isso,
embora você, pessoalmente, ainda não as tenha descoberto, mas acredita.
Todavia, também obscuramente, sente que, às vezes, lhe dá aquela nostalgia da mocidade. 
Do tumulto da presença infantil ao seu redor.  Meu Deus, para onde foram as suas crianças?
Naqueles adultos cheios de problemas que hoje são os filhos, que têm sogro e sogra, cônjuge,
emprego, apartamento e prestações, você não encontra de modo algum as suas crianças perdidas.

Sem dores, sem choros.Aquela criancinha da qual você morria de saudades, chega. Símbolo ou penhor da mocidade perdida. Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho, é um Filho seu que lhe é devolvido.
E o espantoso é que todos lhe reconhecem o seu direito de o amar com extravagância...Ao contrário, causaria espanto, decepção, se você não o acolhesse imediatamente com todo aquele amor recalcado que há anos se acumulava, desdenhado, no seu coração.
Sim, tenho certeza de que a vida nos dá netos para nos compensar de todas as perdas trazidas pela velhice.
São amores novos, profundos e felizes, que vêm ocupar aquele lugar vazio, nostálgico, deixado pelos arroubos juvenis. É quando vai embalar o menino e ele, tonto de sono, abre o olho e diz:
"Vó ", que seu coração estala de felicidade, como pão no forno!

(Rachel de Queiroz)
  A CADEIRA

O sacerdote foi chamado para orar por um homem muito enfermo. Quando o sacerdote entrou no quarto, encontrou o pobre homem na cama com a cabeça apoiada num par de almofadas. Havia uma cadeira ao lado da cama, fato que levou o sacerdote a pensar que o homem estava aguardando a sua chegada.
- Suponho que estava me esperando?- disse o sacerdote.
- Não, quem é você? - respondeu o homem enfermo.
- Sou o sacerdote que a sua filha chamou para orar por você; quando entrei e vi a cadeira vazia ao lado da sua cama, imaginei que você soubesse que eu viria visitá-lo.
- Ah sim, a cadeira!Entre e feche a porta.
Então o homem enfermo lhe disse: - Nunca contei para ninguém, mas passei toda a minha vida sem ter aprendido orar, não sabia direito como se deve orar, e nunca dei muita importância para a oração, pensava que Deus estava muito distante de mim,assim sendo, há muito tempo abandonei por completo a idéia
de falar com Deus, até que um amigo me disse: “José, orar é muito simples, orar é conversar com Jesus, e isto eu sugiro que você nunca deixe de fazer...Você se senta numa cadeira e coloca outra cadeira vazia na sua frente. Em seguida, com muita fé, você imagina que Jesus está sentado ali, bem diante de você. Afinal Jesus mesmo disse: - “Eu estarei sempre com vocês”. - Portanto, você pode falar com Ele e escutá-lo, da mesma maneira como está fazendo comigo agora.
- Pois assim eu procedi e me adaptei à idéia. Desde então, tenho conversado com Jesus durante umas duas horas diárias. Tenho sempre muito cuidado para que a minha filha não me veja... Pois me internaria num manicômio imediatamente.
O sacerdote sentiu uma grande emoção ao ouvir aquilo, e disse a José que era muito bom o que estava fazendo e que não deixasse nunca de fazê-lo. Em seguida orou com ele e foi embora.
Dois dias mais tarde, a filha de José comunicou ao sacerdote que seu pai havia falecido.
O sacerdote então perguntou: - Ele faleceu em paz?
- Sim, quando eu estava me preparando para sair, ele me chamou ao seu quarto.
Ele disse que me amava muito e me deu um beijo. Quando eu voltei das compras, uma hora mais tarde, já o encontrei morto...Porém há algo de estranho em relação à sua morte, pois aparentemente, antes de morrer, chegou perto da cadeira que estava ao lado da cama e encostou a cabeça nela.Foi assim que eu o encontrei.
Porque será isto? – perguntou a filha.
O sacerdote, profundamente emocionado, enxugou as lágrimas
e respondeu:

- Ele partiu nos braços do seu
melhor amigo...
DIA INTERNACIONAL DA MULHER - MARÇO DE 2014


quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

A MARCA (Nunca substime a marca que você deixa nas pessoas)  “Eu ainda acredito que existem outros mundos onde a gente pode cantar também”

Quando eu era criança, bem novinha, meu pai comprou o primeiro telefone da nossa vizinhança. Eu ainda me lembro daquele aparelho preto e brilhante que ficava na cômoda da sala. Eu era muito pequeno para alcançar o telefone, mas ficava ouvindo fascinado enquanto minha mãe falava com alguém. Então, um dia eu descobri que dentro daquele objeto maravilhoso morava uma pessoa legal. O nome dela era "Uma informação, por favor" e não havia nada que ela não soubesse. "Uma informação, por favor" poderia fornecer qualquer número de telefone e até a hora certa. Minha primeira experiência pessoal com esse gênio na garrafa veio num dia em que minha mãe estava fora, na casa de um vizinho. Eu estava na garagem mexendo na caixa de ferramentas quando bati em meu dedo com um  martelo.A dor era terrível mas não havia motivo para chorar, uma vez que não tinha ninguém em casa para me oferecer a sua simpatia.Eu andava pela casa, chupando o dedo dolorido até que pensei:
-        O telefone!
Rapidamente fui até o porão, peguei uma pequena escada que coloquei em frente à cômoda da sala. Subi na escada, tirei o fone do gancho e segurei contra o ouvido. Alguém atendeu e eu disse:
-        "Uma informação, por favor".
Ouvi uns dois ou três cliques e uma voz suave e nítida falou em meu ouvido.
-        "Informações.“
-        "Eu machuquei meu dedo...", disse, e as lágrimas vieram facilmente, agora que eu tinha audiência.
-        "A sua mãe não está em casa?", ela perguntou.
- "Não tem ninguém aqui...", eu soluçava. "Está sangrando?"
- "Não", respondi. "Eu machuquei o dedo com o martelo, mas tá doendo..."
-        "Você consegue abrir o congelador?", ela perguntou. Eu respondi que sim.
- "Então pegue um cubo de gelo e passe no seu dedo", disse a voz.
Depois daquele dia, eu ligava para "Uma informação, por  favor" por qualquer motivo.
Ela me ajudou com as minhas dúvidas de geografia e me ensinou onde ficava a Filadélfia. Ela me ajudou com os exercícios de matemática. Ela me ensinou que o pequeno esquilo que eu trouxe do bosque deveria comer nozes e frutinhas.
Então, um dia, Petey, meu canário, morreu. Eu liguei para "Uma informação, por favor" e contei o ocorrido.  Ela escutou e começou a falar aquelas coisas que se dizem para uma criança que está crescendo. Mas eu estava  inconsolável. Eu perguntava: "Por que é que os passarinhos cantam tão  lindamente e trazem tanta alegria pra gente para, no fim, acabar como um monte de penas no fundo de uma gaiola?"   Ela deve ter compreendido a minha preocupação, porque acrescentou mansamente: "Paul, sempre lembre que existem outros mundos onde a gente pode cantar também..." De  alguma maneira, depois disso eu me senti melhor.
No outro dia, lá estava eu de novo. "Informações.", disse a voz já tão familiar. "Você sabe como se escreve 'exceção'?" Tudo isso aconteceu na minha cidade natal ao norte do Pacifico.
Quando eu tinha 9 anos, nós nos mudamos para Boston. Eu sentia muita falta da minha amiga. "Uma informação, por favor" pertencia aquele velho aparelho telefônico preto e eu não sentia nenhuma atração pelo nosso novo aparelho telefônico branquinho que ficava na nova cômoda na nova sala.
Conforme eu crescia, as lembranças daquelas conversas infantis nunca saiam da minha memória. Freqüentemente,em momentos de duvida ou perplexidade, eu tentava recuperar o sentimento calmo de segurança que eu tinha naquele tempo.Hoje eu entendo como ela era paciente, compreensiva e gentil ao perder tempo atendendo as ligações de um menininho. Alguns anos depois, quando estava indo para a faculdade, meu avião teve uma escala em Seattle. Eu teria mais ou menos meia hora entre os dois vôos. Falei ao telefone com minha irmã, que morava lá, por 15  minutos. Então, sem nem mesmo sentir que estava fazendo isso, disquei o número da operadora daquela minha cidade natal e pedi:- "Uma informação, por favor."
Como num milagre, eu ouvi a mesma voz doce e clara que conhecia tão bem, dizendo: "Informações." Eu não tinha planejado isso, mas me peguei perguntando: "Você sabe como se escreve 'exceção'?" Houve uma longa pausa. Então, veio uma resposta suave: "Eu acho que o seu dedo já melhorou, Paul." Eu ri. "Então, é você mesma!", eu disse. "Você não imagina como era importante para mim naquele tempo."
- "Eu imagino", ela disse. "E você não sabe o quanto significavam para mim aquelas ligações. Eu não tenho filhos e ficava esperando todos os dias que você ligasse."
Eu contei para ela o quanto pensei nela todos esses anos e perguntei se poderia visitá-la quando fosse encontrar a minha irmã.
- "É claro!", ela respondeu. "Venha até aqui e chame a  Sally.“
Três meses depois eu fui a Seattle visitar minha irmã. Quando liguei, uma voz diferente respondeu: "Informações." Eu pedi para chamar a Sally.
-        "Você é amigo dela?", a voz perguntou.
- "Sou, um velho amigo. O meu nome é Paul."
-        "Eu sinto muito, mas a Sally estava trabalhando aqui apenas meio período porque estava doente. Infelizmente, ela morreu há cinco semanas.“
Antes que eu pudesse desligar, a voz perguntou:
- "Espere um pouco. Você disse que o seu nome é Paul?
- "Sim.“
- "A Sally deixou uma mensagem para você. Ela escreveu e pediu para eu guardar caso você ligasse. Eu vou ler pra você."
A mensagem dizia: "Diga à ele que eu ainda acredito que existem outros mundos onde a gente pode cantar também. Ele vai entender."
Eu agradeci e desliguei. Eu entendi...

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Cavalo Marinho

Imagens em 13-01-2014



    A BRONCA DO DIA –  A Volta ao Trabalho

Cansado de ficar em casa aposentado e correndo do aspirador da dona Lélia...Volto a trabalhar e acordar as 06h00,e ao invés de ficar de bermudão, regata e chinelão morgando em frente ao computador, volto a usar meias, sapatos, camisa social, gravata, terno, pasta, notebook, celular, e, começar tudo de novo.
Entro no elevador, e encaro pessoas com hálito de jejum, carbureto e de cuspe, abaixo a cabeça e finjo que estou lendo e-mails no celular...No térreo me perguntam:
- Pra onde você vai?
- Para Pinheiros.
- Ah que bom, é nosso caminho, você dá carona?
- Bem, é que tenho que passar no Ipiranga antes.
- Não tem problema, nós vamos ficando no caminho.
- É que antes ainda, vou passar no supermercado.
- A gente te espera!
- *x#!$%.>&.*#$@:
E assim lá vou eu cheirando carbureto e ouvindo fofocas o tempo todo, aqui desce um, paro lá, desce outro, o último a descer pergunta...Você sempre sai neste horário?
Não! Hoje foi uma exceção, e penso “folgadinho de merda!”.

Começa o martírio, caio no fluxo de trânsito, um baita calor, fecho os vidros com medo de assaltantes, começo a suar, motociclista xingando, poluição, semáforo pifado, buzinas, chuva, horário para chegar, patrão burro enchendo o saco o cara me contratou para eu derrubar os custos e organizar sua empresa...Tudo que seus funcionários já mostraram para ele, mil vezes, e que ele nunca deu importância ou arquivou as sugestões dos mesmos por arrogância ou prepotência (uma anta!).

Almoço num restaurante "pé sujo", por falta de opção, cardápio: Picadão de restos de carnes que sobraram durante a semana, ovo frito, salada, pão, banana e suco, traço primeiro a salada senão os bichos comem tudo.

16h00, começo a suar frio, sonolência, os olhos pesados de repente  rroaaa...rroonn, contorções intestinais (o picadão caiu mal)  seguidas de gases pútricos.

As horas não passam, chega o final do expediente, começa tudo de novo, só que pior, o trânsito triplicou, está chovendo e tem acidente na pista, meu carro dá superaquecimento e pifa! Ninguém me deixa encostar e não me ajudam a empurrar o carro, além, de ficarem buzinando e falando gracinhas, e a chuva caindo e aquelas contorções intestinais aumentando, e os gases?Tenho que deixar os vidros abertos (eu também não agüento a catinga!) a chuva me ensopa (mais eu prefiro a chuva!). 

Finalmente chego em casa, o elevador demora uma eternidade (alguém batendo papo ficou segurando a merda da  porta do elevador, pode!), chego em casa, a Lolla pula nas minhas pernas, me arranha, late, rola no chão, entro apressado e vou para o banheiro, depois de aliviado, tomo um banho, e vou deitar, estou moído não consigo dormir, me dói a cabeça (o picadão atacou o fígado).

Levanto, tomo um sal de fruta e vou para a sala, na TV esta passando Otavio Mesquita entrevistando um engraxate (Bosta! Esses apresentadores além de antipáticos não tem criatividade) mudo o canal e caiu no seriado Japonês “O Dragão e a Minhoca Paralítica” (Merda!) tento uma última vez, aparece um Pastor gritando como um bezerro, suando e pulando pedindo dízimos para o fiel conseguir tirar o nome do SPC, casa própria, curar impotência, espantar o capeta, rejuvenescer, curar câncer e outras mentiras (Vade Reto!).

Volto pra cama, já passa da 01h30, deito bem silencioso pra não acordar a esposa, a Lolla deita nos meus pés e começa a lambê-los, viro pro outro lado, quando estou quase dormindo um motoqueiro passa com o escapamento da moto aberto! Pulo assustado,
viro pra cá, viro pra lá, começo a entrar em estado alfa, o sono vem vindo tomando agradavelmente meu ser, relaxo mais ainda...Começo a dormir, penso nos acontecimentos do dia, os sons estão sumindo, meus olhos estão pesados...de repente sinto um direto no fígado dolorido, levo um bruta susto, dou um berro de dor:
- Qué, qué isso? Minha esposa responde:
- Você estava roncando e eu não conseguia dormir!
Olho no relógio 03h45 penso “tenho que acordar as 06h00, cacete! Que vida!
É...Acho que vou voltar para a vidinha de aposentado em casa,  correndo do aspirador de pó!
Quando estava terminando de escrever esta crônica, minha mulher me chama:
- Benhêê!
- Oi!
- Venha ver o que comprei!  Penso “ Lá vem chumbo grosso! Será que ela não sabe que aposentado não pode comprar nada, só ganhar?”. Vou apreensivo até a sala, no chão tem uma enorme caixa de papelão, começa a me dar caganeira!
 - O que é isso?
Ela abre a caixa e me mostra, duas latas de tinta de 20 litros cada, um pincel, um rolo e um recipiente para misturar tinta.
- Para quê isso???
 Para pintar o apto. achei uma oferta boa, só R$.340,00! Penso “Ai...ai...R$ 340,00  somando com a mão-de-obra do pintor” exclamo: - Isso vai ficar caro!!!
- Vai não benhêê!
- Como assim?
- Você é quem vai pintar o apartamento!
- Ninguém merece!!! *x#!$%.>&.*#$@!!

Resolvi! vou para um asilo! E ponto final!

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Feliz 2014


Minha Casa


Cansei de ser idoso, agora sou um jovem idoso

    Feliz Ano Novo! Que 2014 traga muito dinheiro, paz, sorte, saúde, para todos nós e nossos familiares, parentes, amigos e outros queridos.

Ano Novo, Vida Nova, Otimismo, Renovação, Mudanças... Em 2014 tudo vai dar certo, vamos ser felizes, teremos sorte, saúde e prosperidade, seremos alegres e felizes, é só mentalizarmos e fazermos coisas boas para nós e para nossos irmãos necessitados, ter fé...Confiar na bondade de Deus!


Amar um cãozinho é deixar de viajar para ficar em casa com ele